A Polícia Civil, após profunda investigação, indiciou três vereadores de Ubatuba por corrupção através da prática de rachadinha (quando o agente público se apropria de parte do salário de assessores). Eugênio Zwibelberg (Avante), presidente da Câmara; Josué Lourenço dos Santos, o Josué D’Menor (Podemos), que fazem parte do grupo político do ex-prefeito Sato, e José Roberto Campos Monteiro Jr., o Junior JR (Podemos), que apoiam o candidato Padre Marcelo. Os três foram alvos da investigação e indiciamento da Polícia Civil.
De acordo com o Inquérito Policial 2104198-05.2023.180404, conseguido com exclusividade pelo Litoral Agora, mostra que os parlamentares mantinham uma “engrenagem criminosa direcionada a desviar recursos públicos por meio da espúria exigência de repasse de parte de salários de servidores comissionados no Legislativo, mas principalmente no Executivo por meio de cargos indicados pelos vereadores”, diz o documento da Polícia.
No documento de mais de 150 páginas, há provas robustas de que comissionados repassavam valores que variavam de R$ 340,00 à R$ 6.000,00 para os parlamentares, e que os mesmos foram notificados pela polícia para prestar esclarecimentos, no entanto nenhum compareceu.
Houve a quebra dos dados telemáticos por parte da justiça , e conversas comprometedoras e provas robustas sobre os crimes foram anexadas ao Inquérito Policial. Desde diálogos que demonstram a prática de rachadinha entre os comissionados, até mesmo ameaça entre parlamentar e ex-esposa.
A Polícia pediu também a quebra do sigilo bancário ao COAF – Conselho de Controle de Atividades Financeiras- que comprovaram a natureza dos crimes.
Com o indiciamento, os parlamentares poderão se tornar réus e ter penas severas que vai desde prisão até mesmo a cassação do mandato.